Daniela Garcia
postado em 09/11/2013 08:00
[FOTO1]A pouco menos de um ano da corrida pelo Palácio do Planalto e com a crescente preocupação em mostrar realizações aos eleitores, a presidente Dilma Rousseff decidiu repetir o discurso do antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, ao externar a mesma irritação com o Tribunal de Contas da União (TCU) que o cacique petista demonstrou quando ainda chefiava o país. Dois dias depois de a Corte ter recomendado a paralisação de sete obras financiadas com recursos do governo federal, devido a indícios de irregularidades, como sobrepreço e superfaturamento, a presidente disse que é ;absurdo; interromper as obras da União. Em 2009, o ex-presidente tinha afirmado que ;não é justo mandar parar uma obra, mesmo quando haja algo errado; (ver memória).
O último relatório do TCU pode atrapalhar os planos do PT de finalizar grandes empreendimentos e colher frutos eleitorais com as realizações. Entre as sete obras apontadas pelo TCU, quatro fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais bandeiras da campanha de Dilma em 2010, quando Lula se referia à candidata como ;mãe do PAC;.
A construção da BR-448, no Rio Grande do Sul, é uma das obras com contratos superfaturados, segundo o TCU. Em visita ontem ao estado gaúcho, a presidente criticou a Corte durante entrevista a rádios locais. ;É absurdo paralisar uma obra. É algo extremamente perigoso. Depois, ninguém repara o custo. Para e ninguém ressarce o que foi perdido. Mas vai ficar pronta e vamos inaugurá-la;, prometeu, acrescentando que ;não perderá por nada; a cerimônia de inauguração da BR-448.
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