postado em 21/11/2013 08:02
Longe do noticiário há meses, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, pastor Marco Feliciano (PSC-SP), encontrou um jeito de atrair os holofotes para si. Em uma das últimas sessões da comissão, ele pautou três projetos diretamente ligados à união entre homossexuais. Ocupada integralmente por deputados da bancada evangélica, o colegiado aprovou duas propostas e rejeitou uma. No conjunto da obra, foram suprimidos direitos já conquistados por casais formados por pessoas do mesmo sexo. Os textos, porém, ainda têm longa tramitação na Casa.Os temas foram apreciados de uma vez só, em votação simbólica, sem ressalvas ou votos contrários, e em menos de meia hora. O primeiro projeto determina a convocação de um plebiscito, simultaneamente ao primeiro turno das eleições seguintes à aprovação do texto, questionando a população sobre a união homoafetiva com a pergunta: ;Você é a favor ou contra a união civil (casamento) de pessoas do mesmo sexo?;. O projeto ainda precisa passar pelas comissões de Finanças e Tributação (CFT) e de Constituição e Justiça (CCJ) antes de seguir para o plenário.
"Circo midiático"
Durante a sessão de ontem, o presidente da comissão vangloriou-se de ter comandado uma ;pauta bastante produtiva;, que acabou atraindo novamente os olhares para a já esvaziada CDHM. ;Não temos medo de enfrentamento, não tenho medo do que escreve a mídia;, disparou. Feliciano não escondeu, porém, a animação de estar novamente em evidência: ;Essa comissão deve ajudar o povo a esquecer um pouquinho o mensalão. Amanhã vamos ocupar as primeiras páginas dos jornais. Se vocês virem aí que desapareceu o assunto (do mensalão), a culpa é nossa;.
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