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Fraude no Metrô: divergências aumentam pressão sobre José Eduardo Cardozo

O Correio mostrou que o documento em português no qual é feita a denúncia da existência de um cartel dos trens em São Paulo inclui trechos indicando o pagamento de suborno a políticos do PSDB, conteúdo inexistente na versão em inglês



Em pontos do documento em português, nomes inexistentes na outra versão acabaram incluídos, bem como relações profissionais entre os suspeitos de participar do cartel são criadas. A versão brasileira também detalha percentuais de pagamento de propina, inclusive descrevendo minúcias de descontos de cheques e investigações da Polícia Federal sobre executivos de empresas multinacionais.

Um dos citados em versões contraditórias é o ex-diretor da MGE Ronaldo Moriyama. Em ambos os documentos, ele é qualificado como um ;executivo agressivo; . Na carta em inglês, aparece como o responsável pelo pagamento de propinas a autoridades governamentais para auferir lucros em seus projetos empresariais. O detalhamento aparece em português: ;Ele é conhecido no mercado ferroviário por sua agressividade quando se fala em subornar o pessoal do Metrô de São Paulo e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos);.

A versão brasileira da denúncia é infinitamente mais rica e detalhada que a mesma reclamação direcionada à matriz alemã. No texto em português, explicita-se que a MGE pagava propina de 5% à diretoria da CPTM. No original, existe apenas a referência a propinas destinadas a ;autoridades governamentais;.

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