postado em 28/11/2013 18:33
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quinta-feira (28/11) que processará criminalmente e por danos morais as pessoas que o ofenderam no caso de investigação do Metrô de São Paulo. No entanto, o ministro não especificou os nomes de quem pretende acionar judicialmente. ;Todos, sem exceção, os que me chamaram de vigarista, de membro de quadrilha, de sonso, e outras adjetivações ;tão elegantes;, serão processados criminalmente;.
;O ministro de Estado da Justiça não pode aceitar ser chamado de ;vigarista; e ;sonso;, no sentido de dissimulado. [Não pode] aceitar ser chamado de membro de quadrilha e não reagir, ele não defende seu cargo, porque esse é um cargo de Estado. Acusar um ministro de vigarista é inaceitável e atinge o próprio cargo;, ressaltou, em entrevista coletiva.
Cardozo disse que irá na próxima terça-feira (3/12) ao Senado Federal e na quarta-feira (4/12) na Câmara para falar sobre as denúncias de irregularidades em licitações para obras do metrô de São Paulo envolvendo políticos do PSDB.
Na quarta-feira (27/11), o PSDB ingressou com representação contra o ministro na Comissão de Ética Pública. O partido acusa Cardozo de ter usado informações falsas para incriminar adversários do governo e do PT. Durante a entrevista coletiva, o ministro subiu o tom ao reiterar que a polêmica desvia o foco do assunto principal.
[SAIBAMAIS];Querem uma cortina de fumaça em relação aos fatos. Parece que se tem perdido um pouco a dimensão de que essa investigação que ocorre relativo às obras do metro não é apenas brasileira, é mundial e está diretamente relacionada ao que ocorre em vários países do mundo. Temos vários países que já investigaram e já puniram o cartel;, disse. ;Acho inaceitável, seja que pretexto for, seja para tentar desviar a atenção de uma investigação séria, seja para intimidar, que pessoas atinjam a honra com tão baixo nível;.
Cardozo informou que mais de 30 terabites de informações já foram encaminhados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao Ministério Público Federal. O documento contém informações detalhadas sobre as investigações com fotografias, contrato, planilha, tabelas, matérias de jornais que falam de outras operações feitas pela Polícia Federal. ;Há muitos fatos narrados, se são procedentes ou não, é isso que vamos investigar;, disse o ministro.