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Cardozo: ministro da Justiça não pode ser um engavetador de denúncias

O PSDB, autor do requerimento que convidou Cardozo para dar explicações no Senado aponta motivação política para a investigação

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deu detalhes nesta terça-feira (3/12) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado dos procedimentos adotados na investigação da Polícia Federal sobre denúncia de formação de cartel e pagamento de propina em licitações para compra de trens em São Paulo, conhecido como caso Siemens.



[SAIBAMAIS]Cardozo ressaltou ainda que cabe ao ministro da Justiça zelar para que a isenção ocorra. ;O ministro da Justiça não pode ser um engavetador de denúncias, porque engavetador-geral é expressão sinônima de prevaricador-geral e não esperem de mim, seja qual for a denúncia, e quais forem as pessoas envolvidas, um comportamento que seria juridicamente repreensível e eticamente deplorável;.

O PSDB, autor do requerimento que convidou Cardozo para dar explicações no Senado, aponta motivação política para a investigação e discrepância entre a versão em inglês e a tradução para o português de uma carta atribuída ao ex-executivo da multinacional Siemens Everton Rheinheimer, com relatos sobre o suposto esquema de propina.

Sobre as diferentes versões da carta, Cardozo voltou a dizer que na verdade tratam-se de documentos diferentes e não de uma tradução. Na quarta-feira (4/12), Cardozo irá à Câmara também para dar explicações sobre esse caso.