Tércio Amaral
postado em 06/12/2013 14:47
O governador Eduardo Campos (PSB), virtual candidato à Presidência da República, demonstrou segurança na reunião de ;fim de ano; com o secretariado quando o assunto foi a disputa eleitoral de 2014. Num encontro realizado a portas fechadas na sede provisória do governo, no Centro de Convenções, em Olinda, nessa quinta-feira (5/12), o socialista demonstrou que não pretende ficar à margem da polarização entre PT e PSDB, como vem ocorrido com outras candidaturas ao Palácio do Planalto nas últimas eleições. "Nós seremos a primeira via;, teria dito.
Para quem ouviu o discurso do socialista, não restou dúvidas de que o pernambucano deixará o governo até o dia 4 de abril do próximo ano, prazo limite para desincompatibilização de gestores que pretendem enfrentar as urnas. "Nós não seremos ao final do 1; turno a 3; via. Nós seremos a 1; via já no 1; turno", declarou Eduardo, sem rodeios, à sua tropa, de acordo com uma fonte. O governador estava visivelmente emocionado e entusiasmado. A primeira-dama, Renata Campos, grávida de quase sete meses, estava ao lado dele, como de costume.
A fala do governador surge no momento em que membros da cúpula do PSDB demonstram ;insegurança; no projeto eleitoral do aliado, que estaria desistindo da disputa. O governador teria garantido que disputará a eleição e que o PSB teria feito uma análise de cenário antes de tomar a decisão. Campos também exaltou os pontos positivos de seu governo em Pernambuco e relatou que tem sentido ;um forte sentimento de mudança no povo brasileiro; em suas viagens pelo país.
Aliança com Marina Silva
O governador de Pernambuco preferiu, na reunião, não comentar sobre a formação da chapa. A ex-senadora Marina Silva, que se filiou recentemente ao PSB, é cotada como vice na composição. Na fala, Campos disse que seu partido está num momento de ;colheita;. O PSB ainda avalia, pesquisa a pesquisa, o poder de transferência de votos da nova filiada. No discurso, Eduardo Campos reconheceu os feitos dos governos do ex-presidentes Ferando Henrique Cardoso (PSDB) e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas não teria tocado no nome da presidente Dilma Rousseff.
Com informações de Cecília Ramos, editora-assistente da coluna João Alberto