postado em 08/12/2013 08:00
Após renunciar ao mandato parlamentar na última quinta-feira para escapar da cassação na Câmara por ter sido preso por corrupção ativa e lavagem de dinheiro no processo do mensalão, o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) deverá perder mais um privilégio. Pelo estatuto do Iate Clube, do qual ele é sócio-proprietário, ;quem tiver sido condenado por crime doloso em sentença judicial transitada em julgado; (processo concluído) perderá, definitivamente, os direitos estatutários por ;justa causa;. É o caso de Valdemar, que cumpre pena inicial de 7 anos e 10 meses de prisão, determinada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), no Complexo Penitenciário da Papuda.
[SAIBAMAIS] O político era frequentador assíduo do espaço recreativo, um dos mais disputados da cidade. Ele costumava fazer caminhadas matinais pela área do clube aos fins de semana, ao lado da mulher, e ainda participava da concorrida aula de pilates, na academia. Pelo estatuto, Valdemar poderá transferir o título patrimonial a quem quiser. Hoje, o preço de um título desses no mercado particular pode chegar a R$ 100 mil.
Apesar de a regra estar expressa no estatuto, a decisão de expulsar ou não o político ainda terá de ser tomada pelo Conselho Deliberativo do Iate. O comodoro, Júlio Itacaramby, disse que o assunto vai ser tratado pelo colegiado, respeitado o ;amplo direito de defesa do associado;. O tema foi levado à diretoria pela ONG Contas Abertas, entidade que fiscaliza o uso de recursos públicos. A ONG já havia feito uma consulta junto ao comodoro interino do clube, Geraldo Brindeiro, que assumiu temporariamente o cargo em meio a uma disputa judicial travada pelas chapas que empataram na quantidade de votos na última eleição realizada pelo clube para a formação da diretoria.
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