postado em 12/12/2013 06:01

A divulgação do relatório final da Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo, com 90 itens que apontam que a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek como resultado de uma conspiração política, abriu uma guerra de versões. Do lado oposto de quem acredita que a batida de carro na Via Dutra em 1976 foi decorrência de uma armação dos militares estão os peritos oficiais que trabalharam no caso. Todos eles, sem exceção, se mostram indignados com as teorias que surgem para explicar um suposto atentado. A principal suspeita da Comissão da Verdade paulistana é de que o motorista do Opala de JK, Geraldo Ribeiro, teria levado um tiro antes da colisão com o caminhão no sentido contrário da pista.
Os peritos, entre eles o então diretor do Instituto Carlos Éboli, ao qual o Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro era vinculado, Roberto de Freitas Villarinho, e Sérgio de Souza Leite, responsável pelos trabalhos no local do acidente, defendem que o carro de JK bateu inicialmente em um ônibus da Viação Cometa, que seguia de São Paulo para o Rio de Janeiro, e, assim, atravessou o canteiro central e colidiu com um caminhão. O carro ficou totalmente destruído na frente. Segundo eles, havia rastros de frenagem do ônibus na pista e tinta do Opala nele, o que comprova a batida.
A teoria de que JK foi assassinado é alimentada, principalmente, pela operação Condor, executada com apoio dos Estados Unidos durante a ditadura no Brasil. O objetivo da operação era articular os órgãos de segurança de vários países do Cone Sul, com o apoio do serviço secreto americano, para eliminar as personalidades políticas que eram oposição aos regimes ditatoriais da América Latina.
Em 2001, o então deputado Paulo Octávio (DF), casado com a neta de JK Ana Cristina Kubitschek, sugeriu a criação de uma comissão para esclarecer em que circunstância ocorreu a morte do ex-presidente no km165 da Via Dutra, no município de Resende (RJ). Realizada depois de uma investigação dos laudos periciais produzidos à época da colisão, a comissão analisou o processo judicial, examinou o pedido de reabertura das investigações formulado por Serafim Jardim, ex-assessor de JK, e colheu depoimentos de pessoas que defendem as duas correntes: a de acidente e a de assassinato. O objetivo era ouvir e comparar os diversos argumentos ;para chegar a uma conclusão isenta;.
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