Politica

Terceirizados da Câmara não recebem há quatro meses encargos de rescisão

Após vencer licitações em 2009 e 2011, a Unirio era responsável por 800 trabalhadores das áreas de copa, limpeza e manutenção de edifícios da Câmara, em contratos que ultrapassaram R$ 6 milhões

postado em 16/12/2013 06:10
Empresa contratada pela Câmara desconta INSS de funcionários, mas não repassa à Previdência
Já se passaram quatro meses desde que a Câmara dos Deputados rompeu a ligação com uma das empresas terceirizadas que mais lhe dava trabalho: a Unirio Manutenção e Serviços. Mas a dor de cabeça persiste e já tem desdobramentos jurídicos. Enquanto os quatro contratos mantidos com o estabelecimento estavam em vigência, acumularam-se reclamações trabalhistas referentes à Unirio, o que, entre outras coisas, motivou a recusa do órgão legislativo em renová-los. Mesmo depois de outras empresas terem sido contratadas por licitação, porém, quase todos os terceirizados que atuavam na Casa contratados pela anterior dizem não terem recebido até hoje encargos referentes à rescisão do acordo. Muitos deles já fazem uma odisseia à Justiça, o que pode respingar no parlamento.



Após vencer licitações em 2009 e 2011, a Unirio era responsável por 800 trabalhadores das áreas de copa, limpeza e manutenção de edifícios da Câmara, em contratos que ultrapassaram R$ 6 milhões. Nesse período, a empresa foi multada três vezes pelo Legislativo porque deixou de pagar os funcionários, que chegaram a cruzar os braços no ano passado. A Casa, mais de uma vez, teve que reter o repasse à firma para pagar os terceirizados diretamente. A situação foi relatada pelo Correio inúmeras vezes, como em abril deste ano, quando houve o protesto dos terceirizados. O contrato não foi renovado, mas eles não se livraram do problema.

O Correio teve acesso ao extrato emitido pelo Ministério da Previdência Social a pelo menos três terceirizados em que evidencia-se a ausência de depósito da parcela do INSS. Em um dos casos, a conta da funcionária ficou ao todo um ano e meio vazia. ;Mas no meu contracheque constava o desconto certinho;, relata a trabalhadora que preferiu não se identificar. ;O atendente da Previdência me disse que eu não conseguiria me aposentar desse jeito;. Outra terceirizada trabalha para a nova empresa desde agosto sem a carteira assinada porque ainda não recebeu a multa referente a demissão sem justa causa e a senha que deveria ter sido emitida pela Unirio para que ela sacasse o FGTS ainda não está disponível.

A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação