A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse nesta sexta-feira (27/12) que pretende deixar o cargo no fim do próximo mês. Pré-candidata ao governo do Paraná, a ministra negou que esteja com os planos para campanha em andamento. ;Não tem uma decisão tomada ainda;, disse. Segundo ela, a decisão será tomada apenas quanto ela deixar o governo. ;Não quero misturar enquanto ainda estiver aqui;, acrescentou.
O ideal, segundo ela, seria se despedir do governo em janeiro para amadurecer a ideia. A ministra disse ainda que, quando a data de sua saída for decidida, ela vai colaborar na transição das funções para o substituto. O martelo, entretanto, só será batido pela presidente Dilma Rousseff. Na semana passada, a presidente prometeu terminar a reforma ministerial até o fim do Carnaval, em março.
Durante conversa com jornalistas, a ministra falou sobre o sucesso de ações do governo em relação às concessões de rodovias, ao programa Mais Médicos e ao diálogo com a população, durante as manifestações de junho. Como ministra, Gleisi disse que gostaria de deixar o governo com licitações de ferrovias e portos realizadas, o que não ocorreu.
Gleisi disse que o ano foi de muitos desafios para o governo e para o Brasil, com uma crise econômica que afetou não só o país, mas também seus principais parceiros comerciais. Ela acredita, no entanto, que o país conseguiu dar respostas efetivas a esses desafios com investimentos e atração de mais parceiros.
;Conseguimos fechar o ano com bom balanço na nossa empregabilidade, com o menor índice de desemprego da nossa história. Ampliamos créditos e programas para nossa agricultura e mantivemos e ampliamos nossos programas sociais;, disse a ministra.
Em relação às manifestações de junho pela melhoria dos serviços públicos ; como transporte nas grandes cidades, a ministra disse que Dilma exercitou a coragem e apresentou resposta consistente para responder aos pleitos da população. ;A presidenta exercitou a coragem ao fazer um diálogo franco, aberto com a população, com as manifestações, e os pactos que ela apresentou vão responder às reivindicações;.
Sobre um dos programas mais polêmicos criados em resposta às manifestações, para ampliar o atendimento de saúde básica no interior do país e periferia das grandes cidades, Gleisi disse que o Mais Médicos é uma resposta imediata a um problema grave. ;Não é a resposta de todos os nossos problemas e nem é a resposta mais estruturante, mas é uma resposta consistente e imediata a um problema grande que é a falta de profissional para atender a população;.
(Com informações da Agência Brasil)