Governo e oposição se despedem de 2013 com o comportamento que será intensificado no próximo ano: a troca de farpas entre os pré-candidatos à Presidência. Enquanto o senador Aécio Neves (PSDB-MG) aproveitou o discurso de fim de ano da presidente Dilma Rousseff para alfinetá-la, o Planalto rebateu as críticas do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), sobre a reação do Executivo aos desastres causados pelas chuvas no Espírito Santo.
Na avaliação de Aécio, a presidente criou uma ;ilha da fantasia; para se promover em cadeia de rádio e tevê. No pronunciamento de domingo, Dilma enalteceu os programas sociais do governo e sinalizou que a economia brasileira está suscetível a uma ;guerra psicológica, que pode inibir investimentos e retardar iniciativas, e precisa de um choque de realidade;.
Para o senador mineiro, a presidente deixou de prestar esclarecimentos à população sobre temas constantes na vida do brasileiro. ;Nenhuma menção à situação das empresas públicas, à inflação acima do centro da meta, ao pífio crescimento da economia. Nenhuma menção à situação das estradas, à crise da segurança e à epidemia do crack que estraçalha vidas;, disse, em nota. ;Apenas como exemplo, na ilha da fantasia a que a presidente nos levou mais uma vez, a qualidade do ensino tem melhorado e a criação de creches é comemorada;, emendou. Segundo Aécio Neves, os dados têm mostrado o contrário no Brasil real. Ele ressaltou que o analfabetismo parou de cair e a promessa de entrega das creches está longe de ser cumprida, além de ter considerado abusiva a convocação da presidente em rede nacional. O pré-candidato tucano ainda acrescentou as chuvas entre os temas que ficaram sem resposta: ;Nenhuma palavra sobre as famílias vítimas das chuvas e das obras prometidas não realizadas;.
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