Politica

Congresso vai gastar R$ 12 mil por mês com lanches para parlamentares

No último dia de 2013, a Casa assinou um contrato para que uma empresa forneça nos próximos quatro meses 20 gêneros alimentícios aos senadores em uma copa que funciona ao lado do plenário

Estado de Minas
postado em 09/01/2014 15:56
O ano ainda não começou no Congresso Nacional, que só volta a funcionar no início de fevereiro, mas o Senado não descuidou da alimentação dos parlamentares durante as votações. No último dia de 2013, a Casa assinou um contrato para que uma empresa forneça nos próximos quatro meses 20 gêneros alimentícios aos senadores em uma copa que funciona ao lado do plenário. A expectativa é gastar no período R$ 47,6 mil com os itens, quase R$ 12 mil por mês.

O edital anterior, revogado em junho, previa um gasto 62% maior, de R$ 32,1 mil mensais. O contrato antigo foi revogado em junho pela diretoria-geral após matérias na imprensa apontarem o gasto. Na época, a própria diretoria alegou que o certame era ;inviável em termos orçamentários;. O novo edital cortou nove dos 29 itens, entre outros, suco de goiaba e de acerola, queijo tipo lanche, chá sabores mate com limão e boldo, adoçante (tamanhos pequeno e médio), achocolatado e café solúvel.

Mas os parlamentares ainda terão a seu dispor, além da água e do tradicional cafezinho, objetos de outros contratos, 1.680 pacotes de biscoito de dois tipos, 3.340 caixinhas de quatro tipos de chás, 2.500 caixinhas de cinco tipos de suco, cerca de 1 mil litros de leite integral e leite em pó, 670 pacotes de pão de forma, outros 670 de torrada ;levemente salgada;, 400 quilos de presunto magro, 340 unidades de manteiga, 600 quilos queijo muçarela e 500 unidades de requeijão cremoso.



Pela licitação, a empresa tem 24 horas para fornecer as quantidades requeridas pela administração Senado. Na justificativa constante do edital, a Casa defende a compra dos alimentos: ;Trata a presente aquisição de gêneros alimentícios, para uso diário, comprometido com o bom desempenho das atividades do plenário do Senado Federal;.

Garçons
O cafezinho funciona todos os dias, sempre durante as sessões, deliberativas ou não. Pelo espaço, cheio de poltronas e mesas redondas, circulam senadores, assessores, jornalistas e convidados, todos servidos por garçons.

Outras reportagens publicadas no ano passado revelaram que garçons do Senado ganhavam até 20 vezes o piso da categoria em Brasília. Sete deles recebiam entre R$ 7,3 mil e R$ 14,6 mil e todos teriam sido nomeados por atos secretos editados em 2001 pela diretoria-geral da Casa. Logo em seguida, o Senado divulgou nota em que negou a existência dos atos secretos, ressaltando que todos os atos de nomeação estão ;devidamente regularizados e publicados;.

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