Politica

Sem novo ministério, PMDB prepara a reação e discutem aliança

Caciques do partido discutem os rumos da aliança com PT após a negativa de Dilma em entregar a Integração Nacional

Paulo de Tarso Lyra
postado em 15/01/2014 06:04
Temer e Renan vão decidir hoje à noite os próximos passos. Apesar de ser considerada remota a possibilidade de o partido deixar o governo, a insatisfação é grande

Surpreendida pela recusa da presidente Dilma Rousseff em dar mais espaço para a legenda durante a reforma ministerial, a cúpula do PMDB reúne-se hoje à noite no Palácio do Jaburu, sede da vice-presidência da República, para saber o que fazer. A hipótese de abandonar o governo é remota, mas a intenção do grupo é encontrar uma maneira de mostrar a insatisfação com a decisão da presidente de avisar ao vice-presidente Michel Temer que não cederá o Ministério da Integração Nacional para a legenda. ;A notícia dada pela presidente foi complexa demais para nós. Precisamos ver como ficam as coisas daqui por diante;, avisou o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). ;Foi mais que um balde de água fria. Ainda tinha pedras de gelo para bater na nossa cabeça;, reclamou um peemedebista.

[SAIBAMAIS]Como avisou um interlocutor do partido, existem peemedebistas mais radicais e alguns mais ponderados. Cunha está no primeiro grupo, já que, segundo o relato feito por Temer após a conversa com a presidente, se a Integração Nacional for entregue ao partido, uma das duas pastas ocupadas por deputados é que deverá ser sacrificada, provavelmente o Turismo. O PTB já avisou que se isso acontecer será o primeiro a pleitear o novo cargo.



O jantar de hoje contará com a toda a cúpula do partido. Além do anfitrião Temer, estarão presentes os presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (RN) e Renan Calheiros (AL); Eduardo Cunha e o líder no Senado, Eunício Oliveira (CE); o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (AM); o vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO); e o senador José Sarney (AP). ;Todos sabem que o espaço do PMDB hoje, no governo, não corresponde, na qualidade, à importância do partido. Vamos conversar e tomar uma posição de unidade;, avisou Henrique Alves.

A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação