Paulo de Tarso Lyra
postado em 16/01/2014 07:35
Após encontro entre a presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o PMDB amenizou o discurso de apelo por mais uma pasta na reforma ministerial e passou a mostrar mais preocupação com as alianças estaduais. O redesenho ministerial foi condicionado aos palanques de estados como Rio de Janeiro e Ceará, onde existem crises entre as siglas. Horas antes do jantar da cúpula do PMDB no Palácio do Jaburu, a presidente disse que ainda não bateu o martelo sobre a reforma e que só pensará sobre o assunto após o dia 29, quando retornará das viagens a Davos, na Suíça, e a Cuba. Na última segunda-feira, Dilma avisou a Temer que não teria como ampliar o espaço do PMDB na Esplanada, o que, em tese, inviabilizaria a indicação do senador Vital do Rêgo (PB) para o Ministério da Integração Nacional.[SAIBAMAIS]A notícia irritou o comando partidário, que marcou um jantar ontem com os presidentes da Câmara e do Senado, líderes e ministros. Um deles reconheceu que o partido está fragilizado e com pouco poder de barganha. ;Dilma está forte no Nordeste, onde Aécio Neves e Eduardo Campos não conseguem avançar. Nós temos tempo de televisão, mas ela é bastante conhecida;, resumiu o ministro.
Alianças
Enquanto Dilma negocia com o PMDB os espaços no governo, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, viaja amanhã para discutir os palanques estaduais. Ele vai ao Ceará, a Alagoas, a Bahia e ao Rio de Janeiro. Em todos eles, existem crises envolvendo o PMDB. Em pelo menos três, os problemas estão diretamente relacionados ao PT. No Ceará, o PT negocia uma aliança com o governador Cid Gomes que pode isolar o candidato do PMDB ao governo local, senador Eunício Oliveira. Na Bahia, Geddel Vieira Lima deve concorrer ao Senado, deixando o ex-governador Paulo Souto (DEM) para enfrentar o candidato do PT, Rui Costa.
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