Paulo de Tarso Lyra
postado em 23/01/2014 06:07
Alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo por ser sócio majoritário de uma consultoria que manteve contratos com administrações públicas, incluindo gestões petistas, enquanto comandava a Secretaria de Saúde de São Bernardo do Campo, o futuro ministro da Saúde, Arthur Chioro, resolveu deixar a empresa. A decisão ainda não foi formalizada e será comunicada na manhã de hoje durante entrevista coletiva que Chioro concede em São Bernardo do Campo. Ontem, mais uma vez, ele preferiu não comentar o assunto. Alexandre Padilha, que deve deixar a pasta até o fim do mês, também silenciou sobre o caso.
[SAIBAMAIS]Na edição de terça-feira, o Correio mostrou que, em setembro do ano passado, a promotora Taciana Trevisoli Panagio instaurou inquérito civil público para apurar a denúncia. A Consaúde Consultoria, Auditoria e Planejamento Ltda. prestou serviços, por exemplo, para a Prefeitura de Ubatuba, comandada pelo petista Maurício Morozimato. Também foi firmado contrato com o município de Botucatu, durante a gestão de Antônio Mário de Paula Ferreira (PT).
Na segunda-feira, Chioro teve um encontro reservado com a presidente Dilma Rousseff. O Palácio do Planalto o orientou a pedir esclarecimentos à Comissão de Ética Pública da Presidência da República sobre o caso. A legislação federal é taxativa e não permite o acúmulo das funções por considerar que há conflito de interesses. Hoje, durante entrevista coletiva, Chioro deve argumentar em sua defesa que a consultoria prestou serviços para administrações de vários partidos políticos, incluindo adversários históricos do PT.
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