Politica

Apesar de desgastada, ministra Ideli Salvatti permanece no cargo

Na avaliação de lideranças do Congresso, a tendência é que a petista, no entanto, perca espaço na articulação política entre o Palácio do Planalto e os parlamentares

postado em 31/01/2014 08:04
Mesmo com a imagem desgastada depois de ter sido acusada pelo relatório da Comissão de Ética Pública da Presidência da República de ter cometido falha ética ao usar o único helicóptero da Polícia Rodoviária Federal em Santa Catarina, conveniado com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para visitar as bases no estado, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, deve, por ora, ficar de fora da reforma ministerial e se manter no cargo. Na avaliação de lideranças do Congresso, a tendência é que a petista, no entanto, perca espaço na articulação política entre o Palácio do Planalto e os parlamentares, com a posse de Aloizio Mercadante na Casa Civil.

Ontem, a presidente Dilma Rousseff informou aos seus líderes no Congresso ; do Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Congresso, José Pimentel (PT-CE) ; que os manterá na posição este ano. ;Ela fez uma avaliação positiva da articulação no Congresso e disse que gostaria de deixá-los no posto. O entendimento foi que a dinâmica continua a mesma, inclusive com a Ideli. Não foi tratada qualquer possibilidade de ela sair;, relata um cacique no Senado. Havia expectativa da troca da ministra porque, além do desgaste pelo uso do helicóptero para compromissos políticos, Ideli vinha enfrentando críticas de parlamentares da base por ter deficiências na articulação política.



Segundo lideranças do Senado, a intenção de Dilma ao manter a mesma estrutura no Congresso e Ideli no cargo é não mexer em uma área estratégica em ano eleitoral. ;Neste período, os parlamentares ficam mais propensos a traições. Os quatro (Chinaglia, Pimentel, Braga e Ideli) já estão lidando com a base há mais tempo, sabem quem pode trair e, assim, com quem têm que negociar;, avalia um senador da base. Mesmo sem a mudança formal, lideranças acreditam que Ideli deve perder parte do papel de articuladora para Mercadante, que deixa o Ministério da Educação para assumir a Casa Civil.

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