Jornal Correio Braziliense

Politica

Pizzolato iniciou ainda em 2006 o plano para escapar de punição da Justiça

Em 2013, a estratégia teve fim com a saída clandestina para a Itália



O passo inicial foi se desfazer de quase todos os 11 imóveis que possuía em 2005. Uma busca feita pela reportagem nas últimas três semanas em cartórios do Rio de Janeiro e de cidades no Sul do país revelam a movimentação imobiliária de Pizzolato desde o início de 2006. O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, divulgado em 28 de março daquele ano, confirmou o pior, embora já esperado por Pizzolato, conforme as sinalizações recebidas. Ao indiciar 60 pessoas, o ex-tesoureiro da campanha de 2002 de Luiz Inácio Lula da Silva foi enquadrado pela CPI nos crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e peculato.

;Nesse momento, ele identificou que o mundo estava caindo em cima dele;, contou o amigo. Duas semanas depois, a Procuradoria-Geral da República ofereceu a denúncia contra 40 réus ao Supremo Tribunal Federal (STF). ;Ele trabalhou com planos A, B e C;, reconheceu o amigo de Pizzolato, após questionamentos do Correio sobre a desmobilização do patrimônio. O ex-diretor do BB ainda acreditou que pudesse ser inocentado no fim, mas não deixou de se preparar para o extremo, a cadeia. E dela escapar. Petistas ouvidos pela reportagem descreveram Pizzolato como uma pessoa meticulosa, disciplinada e excelente estrategista.

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