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José Dirceu organiza empréstimos de livros na biblioteca da Papuda

Dois meses e meio depois da prisão, envolvidos da Ação Penal 470 estão integrados ao dia a dia do cárcere.



Desde dezembro, Dirceu desempenhava a função de varrer o pátio do Centro de Internamento e Reintegração (CIR), onde estão dois condenados no processo do mensalão apenas em regime semiaberto. Enquanto trabalhava na limpeza do espaço, podia ser visualizado por detentos. A postura humilde adotada pelo ex-todo-poderoso do Planalto desde que chegou ao cárcere, em 15 de novembro passado, aliada ao serviço braçal exercido por mais de um mês, despertava uma empatia natural nos demais presos em relação a Dirceu. Com as vestes brancas e chinelos de dedo, ele se tornava parte da massa, como outro apenado qualquer, dizem servidores.

Só que presos célebres, com talento para influenciar com poder econômico, em qualquer sistema penitenciário do mundo, devem ser mantidos a uma distância profilática do resto da população carcerária. Em 24 de janeiro, Dirceu saiu da limpeza do pátio para lidar com os livros. Na biblioteca, ele estabelece contato com uma parcela menor de detentos. São geralmente apenados que, por estudarem dentro do estabelecimento, circulam com mais flexibilidade pela área de ensino. Eles costumam ler livros no espaço onde Dirceu dá expediente das 9h às 11h30 e das 13h às 15h30. Não há trabalho no dia de visita, às quartas-feiras, quando o ex-ministro recebe a mulher, familiares e amigos.

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