Politica

Médica cubana que atuava no Pará pelo Mais Médicos está refugiada na Câmara

Ela pediu asilo político ao Brasil, alegando que não recebe o salário que tinha direito pela participação no programa

postado em 04/02/2014 23:34
Uma semana depois de a presidente Dilma Rousseff visitar Cuba e agradecer ao presidente Raúl Castro a parceria no Mais Médicos, uma médica cubana, que afirma ter atuado no Pará pelo programa, fugiu do estado e pediu asilo político ao Brasil alegando que não recebe o salário a que tinha direito pela participação no programa.

Ela procurou a liderança do DEM no início da tarde desta terça-feira (4/2) e pediu ajuda. Segundo ela, a Polícia Federal grampeou seu telefone.

Leia mais notícias em Política

Ramona Matos Rodríguez, 51 anos, foi apresentada na noite de hoje, na sessão do plenário, pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). Ele interrompeu a votação que ocorria para relatar o caso, mas foi impedido de continuar pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

A médica conta que assinou contrato em Cuba, em setembro, com a promessa de receber mil dólares americanos por mês, cerca de R$ 2,5 mil. Ela mostrou o contrato assinado com a Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos S.A. em que estão especificados os valores.

A cubana relata que, durante o curso de preparação para os profissionais do Mais Médicos, em outubro, em Brasília, soube que os colegas vindos de outros países receberiam salário entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. ;Me senti enganada, muito mal, e fiquei pensando em como sair (do programa);, contou.

O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), informou que, ainda hoje, a equipe jurídica do partido irá solicitar asilo político ao Brasil para a médica e cedeu o espaço da liderança para que Ramona se abrigasse até sua situação ser resolvida.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação