postado em 11/02/2014 06:08
Depois de quase sete anos, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) volta a se reunir em Brasília para realizar seu VI Congresso Nacional. Os integrantes organizaram uma enorme estrutura no estacionamento do ginásio Nilson Nelson que acolherá os cerca de 16 mil participantes do evento até a sexta-feira. Para marcar o início do encontro, uma grande marcha está agendada para amanhã na Esplanada dos Ministérios, a partir das 14h. Figuras emblemáticas da esquerda brasileira, como o frei Leonardo Boff, participarão do Congresso.Ontem, durante coletiva de imprensa, a presença de personalidades ligadas ao Partido dos Trabalhadores não impediu que os discursos tivessem tom de crítica ao governo federal. ;A nossa posição enquanto MST é de que, principalmente nos últimos anos de governo Dilma, houve um retrocesso em relação à reforma agrária. O governo é formado por uma ampla aliança que impede que haja o avanço, inclusive por envolver setores do agronegócio;, critica o integrante da coordenação nacional do movimento Diego Moreira. Ele cita a PEC do trabalho escravo e o novo Código Florestal como momentos em que a base aliada impôs derrotas ao movimento.
Os dirigentes do movimento também avaliam como inertes as gestões do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). ;O ano de 2013, segundo dados do próprio Incra, foi o pior ano para a reforma agrária em décadas. Eles dizem que foram assentadas 30.239 famílias no país no último ano, mas a grande maioria foram regularizações fundiárias na região Norte. Consideramos a regularização importante, mas não pode ser contada como reforma agrária, pois não mexe na estrutura agrária ou na concentração de terra;, disse Marina dos Santos, também integrante da coordenação nacional do movimento. O MST estima em cerca de 10 mil o número real de famílias assentadas em 2013.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, .