Estado de Minas
postado em 19/02/2014 10:55
O deputado federal e ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), renunciou o mandato. O filho do parlamentar, Renato Penido Azeredo, viaja na manhã desta quarta-feira (19/2) para Brasília para entregará ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a carta de renúncia do pai. No texto, Azeredo diz que não concorda com as acusações do processo de crimes de peculato e lavagem de dinheiro e que no Supremo Tribunal federal (STF) não há julgamento, mas apenas condenação. No último dia 7, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF as alegações finais do processo contra o tucano, pedindo a condenação de Azeredo a 22 anos de prisão. Ele teria desviado recursos do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), já extinto, e das empresas públicas, Copasa e Cemig, para sua campanha á reeleição ao governo de Minas, em 1998. Em valores atuais, seriam cerca de R$ 9 milhões.
Em razão da denúncia do procurador-geral da República, Azeredo será julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), em data ainda não marcada pela corte, pelos crimes de desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro.
O senador e candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves (MG), disse, na manhã desta quarta-feira, que a renúncia de Azeredo é "uma decisão de foro íntimo". "Deve ser respeitada", resumiu. Aécio afirmou que não vê interferência do julgamento do mensalão tucano no cenário eleitoral de 2014 e negou que o PSDB tenha interferido na decisão de Azeredo.
Com informações de Amanda Almeida.