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Mesmo com cacife para se eleger, políticos desistem de concorrer à eleição

Para especialistas, trata-se de uma estratégia baseada na relação custo-benefício




Não é só de voto que vivem os políticos brasileiros. Nomes com bom cacife eleitoral, que conquistaram milhares de votos em disputas anteriores, decidiram não passar pelo teste das urnas este ano. A lista de estrelas é extensa e composta, em sua maioria, por políticos que ocupam cargos no Executivo, no comando de ministérios e secretarias. Entre os que tem voto, mas estão fora dos holofotes de campanha, estão figuras como o ministro da Casa Civil, Aloizo Mercadante, e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Os dois ilustram a principal hipótese dos analistas políticos para explicar o afastamento dos políticos das urnas. Na avaliação deles, o preço do desgaste da imagem pode ser muito alto para bancar uma cartada eleitoral.

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[SAIBAMAIS] No início do ano passado, Mercadante foi convencido a desistir de se candidatar ao governo de São Paulo e ceder espaço para o então ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ideli também teve o nome ventilado várias vezes para concorrer a uma vaga no Senado por Santa Catarina.

A decisão, na avaliação do analista político Antônio Augusto de Queiroz, tem a ver com o alto risco de uma derrota, mas, também, com a desafio de assumir uma cadeira no Legislativo e não se sobressair. ;São pessoas que tem experiência, mas o desgaste do exercício do mandato influencia na hora de desistir;, acrescenta. O cientista político João Paulo Peixoto acrescenta que muitos expoentes nos respectivos estados, quando chegaram ao Congresso, sumiram. ;São 513 deputados e ele corre o risco de se tornar apenas mais um;, resume.

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