postado em 23/02/2014 08:00
A construção da imagem de uma presidente sensível aos movimentos sociais e aberta ao diálogo, iniciada após as manifestações de rua que sacudiram o país em junho do ano passado e puxaram para baixo a popularidade da chefe maior da nação, ainda está longe do resultado esperado. Na prática, o Palácio do Planalto continua com as portas fechadas. Integrantes do Movimento Passe Livre, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, grupos LGBT e sem-terra atestam que o esforço empreendido por Dilma Rousseff logo após os protestos, recebendo os principais líderes e, pela primeira vez na gestão, representantes dos povos indígenas, não passou de uma tentativa frustrada de estabelecer uma mesa permanente de negociação. Todos são unânimes em afirmar: ;A pauta não anda;.
O governo sabe disso e aposta todas as fichas no ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, numa tentativa de estreitar o diálogo com os movimentos sociais e conter os ânimos em ano eleitoral. O ministro foi requisitado pelo PT para participar do núcleo de articulação da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. A tendência é de que ele permaneça no governo para ser o homem da contenção. A informação oficial é de que o governo federal redistribuiu todas as demandas e atesta que está monitorando o desempenho de cada pasta.
Um dos integrantes do Movimento Passe Livre no Distrito Federal, Paique Duque, que se reuniu com Dilma em junho do ano passado, diz que não houve avanço. ;No ano passado, fomos convidados para centenas de reuniões em todo o país, mas esse diálogo não resultou em medidas concretas para a modificação da pauta central. O que estamos vendo é aumento de tarifa. No Rio de Janeiro, já ocorreu. Deixamos claro para a presidente que a nossa principal luta é a tarifa zero;, explicou.
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