Paulo de Tarso Lyra
postado em 08/03/2014 08:00
A presidente Dilma Rousseff convidou o vice-presidente Michel Temer a uma reunião no Palácio da Alvorada amanhã à tarde para dizer que o partido é fundamental ao governo e essencial na campanha pela reeleição em outubro. Apesar da declaração de fidelidade, ela deixará claro que não aceita que o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), continue em evidência no debate, criticando o PT e o governo, como tem feito nos últimos dias por meio de redes sociais.
Para testar a sinceridade de Dilma, o PMDB quer que a reunião seja aberta aos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente em exercício do partido, senador Valdir Raupp (RO). O desejo da petista, por enquanto, é que seja uma conversa a sós. Dilma sempre delegou a Temer a missão de controlar o PMDB. Não deve ser diferente desta vez.
Os peemedebistas consideram um erro a estratégia do Planalto de tentar isolar Eduardo Cunha, como se ele fosse uma voz destoante no partido, e não o catalisador de uma insatisfação crescente entre os correligionários. Ontem, por meio de uma rede social, o líder peemedebista se autodenominou de ;bombeiro; na crise, acrescentando que, sem ele, o desastre seria bem maior.
A presidente detesta pessoas que a confrontem diretamente, no estilo ;faca no pescoço;. Sabendo disso, os caciques do PMDB insuflaram a postura de Cunha, que sempre demonstrou ser alguém sem papas na língua, para reverberar as queixas dos deputados e tentar barganhar mais espaço, tanto na Esplanada quanto nos palanques estaduais.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique