Politica

Mais parlamentares e funcionários perpetuaram as gambiarras no Congresso

Ao longo das últimas décadas, com o aumento do número de parlamentares e de funcionários, Câmara e Senado promoveram alterações nos prédios, como puxadinhos nos gabinetes e salas provisórias que se perpetuaram

Naira Trindade
postado em 16/03/2014 08:00
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Amante das curvas, dos traçados livres e do espaço vazio, Oscar Niemeyer projetou o Congresso Nacional. Arquiteto renomado, criou uma planta única, inovadora, que destoava de todos os palácios tradicionais ; de famílias reais ; que marcavam a época, na década de 1950. Pela primeira vez no Brasil, parlamentares da Câmara e do Senado seriam unidos em um só prédio. E teriam que aprender ali a circular pelo mesmo espaço.

Sem lugar para instalar a sala de reuniões Artur da Távola, da liderança do PSDB, o partido fez um puxadinho no corredor entre o painel de Athos Bulcão, no primeiro andar da Câmara dos Deputados. O que seria passageiro já tem mais de uma década de ocupaçãoOscar Niemeyer previa uma ocupação adensada no Congresso. Antes mesmo da inauguração, estudou a ampliação da construção para comportar ; à época, em meados de 1957 a 1960 ; os 389 parlamentares: 63 senadores e 326 deputados. Construiu o anexo 4, ligado ao principal edifício em grande estilo, com luxuosa passagem entre as casas. Só não conseguiu antecipar que a medida não seria suficiente para tantos cargos e que os vãos, típicos das obras dele, acabariam ocupados por salas de lideranças, reuniões, postos médicos, gabinetes, lojas.

Criada para receber as reuniões da Mesa Diretora e a TV Câmara, a

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