No dia seguinte à divulgação da nota da presidente Dilma Rousseff, alegando ter sido induzida ao erro por falta de informações relativas à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, a Polícia Federal prendeu o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, envolvido nas investigações da Operação Lava Jato, deflagrada na segunda-feira para desarticular organizações criminosas suspeitas de lavagem de dinheiro, envolvendo cifra superior a R$ 10 bilhões. Costa também é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro por irregularidades na Operação Pasadena.
Costa chegou à diretoria da empresa pelas mãos do ex-líder do PP na Câmara e ex-réu do mensalão petista José Janene (PR), morto em 2010 por complicações cardíacas. Em 2006, quando o PP começou a perder diversos cargos no Executivo Federal e o PT pressionava para que a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) assumisse o Ministério das Cidades, Paulo Roberto bateu às portas do Senado e pediu acolhida ao PMDB. Passou, então, a ser apadrinhado do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o que lhe garantiu a permanência no cargo até fevereiro de 2012.
O ex-diretor da Petrobras havia sido conduzido pela PF na segunda-feira para prestar esclarecimentos por suposto envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro com doleiros. De acordo com a Polícia Federal, ele foi preso ontem por ;tentativa de destruição e inutilização de documentos que poderiam servir de prova nas investigações da Operação Lava Jato;. Costa teria ganhado um carro de um dos doleiros presos: Alberto Youssef. Foram apreendidos na casa do ex-diretor da Petrobras R$ 700 mil e US$ 200 mil, todos em espécie. A defesa dele entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4; Região. Ele alega que o carro foi pagamento por serviço prestado a Youssef.
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