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Mantega é convidado para falar sobre a Petrobras em comissão da Câmara

Apesar de ser um convite, o ministro terá 20 dias para explicar os negócios da estatal. Os deputados acertaram que se o ministro não comparecer até a data, o requerimento terá caráter de convocação

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi convidado pela comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara para falar sobre os negócios da Petrobras. A decisão foi tomada na votação de pauta extra. A justificativa para o convite é o fato de Mantega ocupar o atual comando do conselho da estatal.



[SAIBAMAIS];O convite feito antes foi para tratar da primeira denúncia. A presidenta não tem obrigação de tratar sobre Pasadena, mas acredito que ela não irá se omitir. Estamos tentando um acordo para que os dois assuntos sejam tratados nessa audiência.;, disse Hugo Motta (PMDB-PB), presidente da CFFC.

Autor de um dos três requerimentos que indicava o convite a Cerveró, o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), explicou que a presença do ex-diretor pode trazer novos fatos sobre a denúncia, para a análise da comissão. ;É uma boa oportunidade para Graça Foster fazer sua avaliação porque ela tem posição diferente de Cerveró. Ela não vai poder falar em nome de um ex-diretor. É importante que ele venha e faça esclarecimentos;, defendeu.

Os deputados da comissão, que começaram a sessão com 20 requerimentos de convite a autoridades, aprovaram, também, convite ao ministro Francisco Teixeira (Integração Nacional), para debater as obras de transposição do Rio São Francisco. O colegiado ainda tem uma relação de nomes que incluem o ministro Edison Lobão (Minas e Energia); o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Fontes Hereda, para falar sobre repasses feitos pelas duas instituições para o Congresso Nacional do Movimento dos Sem Terra.

Petrobras e MST somam a maior parte dos requerimentos previstos nas pautas de outras comissões. Já Nestor Cerveró, por exemplo, também está na lista de requerimentos das comissões de Minas e Energia e de Relações Exteriores, em mais uma rodada de votação em que os colegiados permanentes da Casa elencaram autoridades do governo que devem ser ouvidas pelos parlamentares para esclarecer denúncias e decisões das diferentes pastas do Executivo.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, que esteve há uma semana na Câmara para falar sobre a contratação de médicos cubanos, deve voltar à Casa para falar na comissão de seguridade e Família sobre as perspectivas da pasta.