Politica

PT analisa isolar André Vargas nas campanhas eleitorais deste ano

PSol apresenta representação na Corregedoria da Câmara com a finalidade de apurar a relação do deputado com doleiro preso em operação da Polícia Federal

Naira Trindade
postado em 04/04/2014 08:53
Na tribuna, o vice-presidente da Câmara se desculpou com os deputados
A situação política do vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), se complica a cada dia. O PSol formalizou ontem pedido para que a Corregedoria Parlamentar investigue o deputado pelo uso do avião oferecido pelo doleiro Alberto Youssef e por denúncias de que o congressista teria mediado interesses no Ministério da Saúde. Além disso, o PT analisa isolar Vargas nas campanhas eleitorais deste ano temendo que as denúncias respinguem nos candidatos do partido.

;Os fatos recentes envolvendo o vice-presidente da Casa merecem detalhada apuração, em nome da transparência e da imagem pública do parlamento;, diz o documento encaminhado ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). ;As ilações sobre vantagens indevidas e intermediação de interesses merecem resposta objetiva e institucional da Câmara;, diz o texto assinado pelo líder do PSol, Ivan Valente. Trata-se de um pedido para que a Corregedoria apure as acusações.

[SAIBAMAIS]O Correio adiantou na edição de ontem que o PSol pediria a abertura de investigações após o desencontro de informações do discurso do vice-presidente da Câmara em tentar justificar o uso do avião cedido pelo doleiro. Nem mesmo os correligionários petistas entenderam a fala de Vargas na tribuna da Câmara, na noite de quarta-feira. ;Ele esquentou ainda mais o assunto com informações que não explicavam nada. Devia ter deixado (o tema) morrer;, disse um petista, que preferiu não se identificar.



Na tribuna, Vargas se desculpou com os deputados e ainda recebeu os cumprimentos do presidente Henrique Alves, mas também confirmou a relação de mais de 20 anos com o doleiro. O episódio levou alguns parlamentares a associá-lo ao ex-senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), cassado após ser tornada pública a relação dele com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em 2012.

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