Politica

Campanha #vaitrabalhardeputado chega à classe artística

A declaração de Ney Matogrosso resume a indignação de artistas com os gastos do Legislativo. Revolta é ainda maior quando se analisa a baixa produtividade dos parlamentares

Irlam Rocha Lima
postado em 06/04/2014 07:00
Plenário da Câmara em plena sexta-feira: dia útil para a maioria dos trabalhadores brasileiros, mas não para os deputados federais
A campanha #vaitrabalhardeputado chegou à classe artística. Cantores e compositores ouvidos pelo Correio manifestaram a indignação diante do quadro de baixa produtividade da classe parlamentar. ;O sistemático bloqueio da pauta de votação no Congresso, com os deputados se retirando para não haver quórum, é inadmissível. Eles são pagos para trabalhar e, como qualquer trabalhador, têm que ficar no local de trabalho. Se não estão lá, (o salário) tem que ser descontado;, opina Carlos Lyra, expoente da bossa nova.


Além da baixa produtividade, Lyra chama a atenção para a quantidade exagerada de parlamentares. ;Há uma discrepância enorme entre o número de unidades federativas e o número de deputados. Os Estados Unidos, com 300 milhões de habitantes e 50 estados, têm menos deputados do que o Brasil. Lá, eles ganham menos e contam com verbas menores de gabinete. E isso se repete pelos países da Europa;, observa.

Para o cantor e compositor Oswaldo Montenegro, é dever da sociedade cobrar dos representantes no Congresso uma atuação mais efetiva e digna. ;Pagamos impostos extorsivos, e parte desse dinheiro é que mantém os deputados. Eles precisam ter consciência da função que exercem e das obrigações que decorrem disso;, disse. ;Vai trabalhar, deputado!”, cobrou.

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