Paulo de Tarso Lyra
postado em 09/04/2014 15:41
O Conselho de Ética da Câmara acaba de instaurar o processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado André Vargas (PT-PR). O presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (PSD-SP) definiu como relator do processo o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que já havia exercido a mesma função no processo de cassação do mandato de José Dirceu. Ele apresentará até 22 de abril ao Conselho de Ética o relatório preliminar pela admissibilidade ou não da abertura do processo de cassação.
[SAIBAMAIS]Com a abertura do processo, não existe mais oficialmente chances do deputado Vargas renunciar sem a perda dos direitos políticos, embora o próprio Izar tenha dito que, com base na Lei da Ficha Limpa, o petista já não poderia mais abrir mão do mandato pois o Conselho de Ética da casa já havia recebido a denúncia contra ele.
Vargas está sendo investigado por suspeitas de ter recebido favores do doleiro Alberto Youssef, preso durante a Operação Lava Jato. Ele teria sido presenteado com uma viagem de férias a João Pessoa a bordo de um jatinho pago pelo doleiro.
Ele está sendo bastante pressionado pela cúpula do PT, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que renuncie ao mandato. Em entrevista a blogueiros independentes, Lula declarou que "André Vargas deve se explicar para que o PT não pague o pato". O partido teme mais um desgaste em ano eleitoral.