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Cerveró diz que refinaria de Pasadena mantém capacidade de processamento

"Ela processa [hoje] 100 mil barris por dia de petróleo leve no mercado americano%u201D, disse o ex-diretor da Petrobras



A Astra, segundo ele, tem como característica a comercialização, que não requer tantos investimentos, como a Petrobras está habituada a fazer. Por isso, disse o ex-diretor, chegou-se à conclusão de que não dava para continuar a parceria. ;Em setembro de 2007, com essa situação, iniciamos negociação para a compra dos 50% restantes, após conhecermos o valor de retorno [18,1%]. Em reunião interna, a diretoria fez proposta de US$ 550 milhões, mas a Astra, conhecedora do projeto de ampliação, pede US$ 1 bilhão. Fizemos então proposta final de US$ 700 milhões;, explicou o ex-diretor.

Cerveró, que está respondendo a questionamentos dos parlamentares sobre o negócio em uma audiência conjunta de três comissões da Casa, sinalizou que a aquisiçao foi um bom negócio como já vem sendo reforçado pelo ex-presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, em linha contrária à da atual presidente da empresa, Graça Foster.

Diante de denúncias de falhas no relatório que embasou a aquisição da refinaria e dos valores pagos pela estatal brasileira no negócio, a escolha do empreendimento no Texas também passou a ser questionada. Nas últimas declarações dadas à imprensa, Gabrielli alega que houve redução da produção de Pasadena em um período em que vários países foram afetados pela crise financeira internacional.

Nestor Cerveró lembrou que o plano estratégico da empresa do ano de 2000, projetando um cenário para 2005, apontava a expansão do refino de petróleo para outros países e Pasadena surgiu como alternativa principalmente por ser sediada nos Estados Unidos, um dos maiores consumidores de barris de petróleo do mundo.