postado em 25/04/2014 19:18
A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense tomou depoimento de Cristina Batista Malhães, viúva do coronel reformado do Exército Paulo Malhães, assassinado na quinta-feira (24/4) em seu sítio em Cabuçu, no município de Nova Iguaçu. De acordo com o delegado adjunto Fabio Salvadoretti, os três homens que invadiram a casa do militar estavam no local quando o coronel e sua mulher chegaram. No entanto, só começaram a revirar a casa após a chegada do casal. O caseiro não percebeu a chegada dos bandidos.[SAIBAMAIS]O delegado disse que foram levados celulares, dois computadores, impressoras, jóias e pelo menos quatro armas da coleção do coronel, além de R$ 700. Fábio Salvadoretti suspeita que Malhães tenha sido assassinado por asfixia cerca de três horas depois da chegada dos bandidos ao sítio. Segundo ele, não há indícios de que o coronel tenha sido torturado.
Os criminosos permaneceram na casa das 14h às 22h dessa quinta-feira (24), aproximadamente. A viúva contou que apenas um dos três homens estava encapuzado. Antes de irem embora, eles soltaram a mulher do coronel e o caseiro, que tinham sido amarrados e colocados cada um em um cômodo da casa.
O delegado Salvadoretti disse que estuda três linhas de investigação para o crime. ;A esposa ouviu os bandidos fazendo ameaças, tipo ;onde estão as armas e as jóias;;, contou. ;A investigação está muito preliminar ainda. Nada está sendo descartado. Pode ter sido um latrocínio, uma vingança ou um crime relacionado com o depoimento prestado por ele à Comissão Nacional da Verdade;, disse. Há exatamente um mês, em depoimento na comissão, o coronel reformado Paulo Malhães foi o primeiro militar a admitir a prática de tortura, assassinatos e ocultação de cadáveres de presos políticos durante a ditadura militar.