postado em 02/05/2014 07:40
A Controladoria-Geral da União (CGU) abriu investigação sobre a parceria entre o Ministério da Saúde e a Labogen ; laboratório de fachada usado, segundo a Polícia Federal, pelo doleiro Alberto Youssef para fazer remessas de dólares ao exterior. A decisão foi tomada pelo ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, depois de a Polícia Federal deflagrar, em 17 de março, a Operação Lava-Jato, que aponta a suposta relação do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha com o grupo.
[SAIBAMAIS]Investigações abertas pela CGU têm sido usadas pelo governo como resposta política para os escândalos. No caso em que a Petrobras comprou a Refinaria de Pasadena, no Texas, por exemplo, embora órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF), já apurem o negócio há mais tempo, a investigação da CGU só será aberta em maio, após a imprensa divulgar o voto favorável da presidente Dilma Rousseff à aquisição, que gerou prejuízo bilionário à estatal.
De acordo com a Polícia Federal, a Labogen era uma das empresas de fachada usadas por Youssef para o esquema ilegal. Os diálogos flagrados pela PF entre Youssef e outras pessoas, como o deputado federal André Vargas (sem partido-PR), mostram a tentativa de o laboratório conseguir contrato com o Ministério da Saúde. Em meio às negociações, em 27 de novembro do ano passado, Vargas avisa ao doleiro que ;achou; o executivo para ocupar cargo no Labogen.
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