Jornal Correio Braziliense

Politica

Presidente da Câmara promete agilizar investigação contra o deputado Argôlo

Apesar de considerar o caso uma "exceção", Henrique Alves reconheceu que o parlamentar desgasta a imagem da Casa

Com o surgimento de mais uma denúncia contra o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) - o uso de verba parlamentar para contratar empresa supostamente ligada ao doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal -, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse nesta quinta-feira (8/5) que vai agilizar as investigações abertas contra o parlamentar baiano.



Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o deputado Luiz Argôlo usou ao menos R$ 30 mil da chamada cota para exercício da atividade parlamentar da Câmara para contratar a empresa União Brasil Transportes e Serviços, com sede no município baiano de Alagoinhas. A empresa seria o elo financeiro com o doleiro Alberto Youssef.

Além disso, segundo o jornal, três ex-assessores do deputado baiano constam como sócios da empresa. Ontem (7), o PSOL protocolou no Conselho de Ética da Câmara representação por quebra de decoro parlamentar contra Argôlo por envolvimento com o doleiro. Com isso, caso decida renunciar, o deputado será enquadro na Lei da Ficha Limpa e ficará inelegível por, pelo menos, oito anos.

A investigação na Corregedoria que apura o envolvimento de Argôlo com Alberto Youssef esbarra na dificuldade de encontrar o deputado no gabinete para notificá-lo sobre o pedido de investigação apresentado pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR). Ante o fracasso das tentativas, a Corregedoria vai fazer a notificação por Diário Oficial da União.