postado em 12/05/2014 06:03
Os débitos do Brasil com a Organização das Nações Unidas (ONU) e organismos ligados à entidade atingiram um novo recorde em 2014, de US$ 173,29 milhões ; o equivalente a R$ 382,9 milhões. Assim como outros organismos internacionais, a ONU é mantida por contribuições dos países-membros, entre eles o Brasil. Do total devido, a maior parte, cerca de US$ 111,5 milhões, referem-se ao orçamento regular da entidade. As dívidas brasileiras também se avolumam em relação às várias missões de paz com as quais o país contribui e em relação a tribunais internacionais ligados à entidade, como o Tribunal Penal Internacional (TPI).
As informações foram fornecidas ao Correio pelo Ministério das Relações Internacionais (MRE). No limite, o atraso no pagamento desses débitos pode prejudicar a participação brasileira na próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorre na sede na ONU em Nova Iorque, em setembro, confirme previsto nos estatutos da entidade. O quadro de endividamento do país com os organismos internacionais, no entanto, não é novo. Pelo contrário, vem se aprofundando nos últimos anos.
Em 2013, o país deixou de pagar cerca de US$ 89 milhões, que ajudaram a ampliar o montante devido este ano. O caso mais emblemático é o das contribuições para as missões de paz da espalhadas pelo mundo. Do total de US$ 53 milhões devidos, US$ 49,3 milhões são débitos acumulados de anos anteriores. Com o orçamento regular, a dívida herdada de 2013 é de cerca de US$ 36,6 milhões. Entre as missões de paz, o maior débito brasileiro é com aquela desenvolvida pela ONU em Darfur, no continente africano, de US$ 11,9 milhões. Em seguida, aparecem as missões no Congo (US$ 8,4 milhões), no Sudão do Sul (US$ 8,07 milhões) e na Costa do Marfim (US$ 5,1 milhões).
Baixa execução
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