postado em 12/05/2014 08:08
Já com o pé no debate eleitoral, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) desdenhou do movimento interno petista que defende a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos principais conselheiros do pré-candidato Aécio Neves (PSDB), o tucano disse que, mesmo se substituir Dilma Rousseff na cabeça de chapa, o PT corre o risco de perder as eleições. A declaração de FHC foi vista dentro do PT como uma forma de polarizar o debate entre os dois ex-presidentes, sem o protagonismo da presidente Dilma Rousseff, pré-candidata oficial à reeleição. ;Não precisamos de Lula candidato para ganhar do PSDB, vamos ganhar com a Dilma;, respondeu o deputado José Guimarães (PT-CE).
Embora a imagem do ex-presidente petista esteja em alta e seja considerada, por mais de metade dos brasileiros que querem mudanças na política, a melhor opção para a tarefa, ela tem sido um peso para os dois partidos. Além de dividir o PT, tornou-se alvo da oposição. Apesar do favoritismo retratado nas pesquisas, FHC acredita que Lula pode ser derrotado pelas condições do país. ;É arriscado (Lula se candidatar), ele também pode perder. Do jeito que as coisas estão, a percepção do povo vai mudando rapidamente;, disse. Na avaliação do tucano, a situação do país não é boa. ;Quem ganhar o governo vai ter muito trabalho lá na frente;, justificou em entrevista ao jornalista Roberto D;Avila, da Globonews.
A resposta do ex-presidente faz alusão ao movimento pelo retorno de Lula, que corre os corredores do Congresso, e às pesquisas de intenção de voto, divulgadas nas últimas semanas, que antes mostravam Dilma reeleita no primeiro turno e, agora, apontam para mais uma corrida às urnas. Para FHC, o país vive hoje o legado das decisões tomadas pelo ex-presidente, que foram vinculadas à presidente Dilma Rousseff. ;A quebra de confiança, atribuem a Dilma, mas as políticas começaram na segunda parte do governo Lula. O grande divisor de águas aqui é a crise mundial;, alfinetou. O tucano também aproveitou para reclamar a paternidade de programas que viraram marca do PT. ;Bolsas, quem praticou fui eu. Reforma agrária, fiz três vezes mais que Dilma, até o aumento do salário mínimo, que por causa do real, aumentou bastante;, listou.
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