Rosana Hessel
postado em 16/05/2014 08:20
O desfecho da greve de policiais e bombeiros militares em Pernambuco começou a ser costurado nos bastidores, com a intervenção de deputados estaduais ligados ao governo, à oposição e à bancada independente. Desde quarta-feira (14/4), pelo menos duas reuniões foram realizadas a portas fechadas na Assembleia Legislativa do estado entre os parlamentares e a comissão que representa a categoria. Nessas conversas, a pauta de reivindicações foi apresentada, houve garantias, e o acordo saiu ontem.
A primeira dessas reuniões ocorreu ainda na manhã de quarta, depois que o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou a ilegalidade do movimento. Como naquele momento o governo havia fechado o canal de negociações por conta da decisão, coube aos deputados o trabalho de mediar o debate.
[SAIBAMAIS]Quando o resultado dessas negociações foi levado aos policiais e bombeiros, um fato denunciou a falta de ;timing; do governo: no mesmo momento em que a tumultuada assembleia que encerrou a greve acontecia em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo, o governador João Lyra Neto (PSB), acompanhado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, concedia entrevista coletiva a pouco menos de um quilômetro dali, na sede da Secretaria de Planejamento e Gestão. Ele falava sobre a necessidade da presença do Exército no estado e da realização de uma reunião para avaliar a situação depois do caos instaurado. Só após falar com a imprensa, tomou conhecimento de que a greve havia acabado.
(Com informações de Thiago Neuenschwander)
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