postado em 20/05/2014 17:53
Investigado pela Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em novembro de 2013, para apurar crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro, o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior admitiu nesta terça-feira (20/5), que está colaborando com as investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso.Em nota divulgada por seus advogados, Gércio Júnior diz ter firmado um termo de colaboração com a PF e com o MPF. E que, pelo acordo, está impedido de fornecer qualquer outro detalhe sobre a Operação Ararath. A manifestação de Júnior reforça as notícias de que uma ação deflagrada pela PF esta manhã em Cuiabá é a quinta fase da Operação Ararath ; informação que nem a PF, nem o MPF confirmam.
Em novembro de 2013, quando concluiu a primeira etapa da operação, a PF informou que, desde o começo de 2011, vinha investigando empresas de factoring (fomento mercantil) e de outros segmentos, como uma rede de postos de combustíveis de Cuiabá.
Por meio de operações de empréstimo fraudulentas, as empresas lavavam dinheiro e fraudavam o sistema financeiro, movimentando mais de R$ 500 milhões de reais em seis anos. Ainda de acordo com a PF, base do esquema era uma empresa de Várzea Grande (MT) que, oficialmente, encerrou suas atividades em 2012.
[SAIBAMAIS]Hoje, em meio à falta de informações oficiais, a Agência Brasil confirmou com a assessoria do governo estadual que policiais apreenderam documentos na residência do governador Silval Barbosa (PMDB). A assessoria do deputado estadual José Riva (PSD-MT) confirmou que ele é um dos detidos na operação.
A reportagem confirmou também o cumprimento de mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa, na prefeitura de Cuiabá e no gabinete do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, o ex-deputado estadual Sérgio Ricardo Almeida.