postado em 21/05/2014 20:56
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quarta-feira (21/5) que o clima que surgiu contra a Copa do Mundo está relacionado ao que a imprensa vem abordando sobre o evento. Para o ministro, somente os aspectos negativos vêm sendo destacados.
;Tenho certeza de que há sonegação de informação [por parte da grande imprensa]. Sou testemunha quase diária de que há muitas coisas que ocorrem e o povo não fica sabendo. A Copa é o exemplo mais claro, em que foi passada para a sociedade uma visão completamente diversa do que é a realidade efetiva das coisas. Não tenho dúvidas disso. Não é opinião. É convicção da minha parte;, disse o ministro, após encontro com blogueiros.
;Acho que o clima que se estabeleceu em grande parte contra a Copa resulta de uma excessiva editorialização da opinião e da falta da informação real. Há coisas que foram ditas que absolutamente não correspondem à realidade. Houve um processo de envenenamento mais ou menos generalizado, mas o governo, aos poucos, está conseguindo reverter isso. Tanto é que há menos manifestações contra a Copa e mais manifestações aproveitando a oportunidade para dar visibilidade a algumas reivindicações de categorias profissionais ou movimentos de moradias;, completou.
Apesar das críticas, Carvalho defendeu a liberdade de imprensa. ;De todo modo, quero deixar uma coisa muito clara: liberdade de imprensa não se discute pois é absoluta e necessária. Crítica ao governo também não se discute. Ela é absolutamente necessária e faz parte da democracia. Mas há muitas situações de sonegação de informações sobre o que é feito pelo governo. E parte das pessoas que se posicionaram contrárias à Copa o fizeram por falta de informação adequada, do conjunto de oportunidades que a Copa traz para o Brasil;.
O ministro admitiu falhas na comunicação do governo com a sociedade sobre as obras do Mundial. "Não conseguimos superar essa barreira interposta entre nós e a população para conseguir repassar esse conjunto de informações. O atraso de obras consta, sim, do rol de falhas. Não tenho problema nenhum em assumir essa autocrítica. Agora, ao mesmo tempo digo que se nós tivéssemos uma imprensa mais objetiva que conseguisse repassar o conjunto das informações, acho que teríamos mais sucesso nessa empreitada. Não o governo, mas o país;, argumentou.