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Collor nega envolvimento com doleiro, mas não revela origem de depósitos

O senador foi relacionado ao esquema, quando a Polícia Federal encontrou comprovantes de depósitos bancários em favor do senador durante busca e apreensão no escritório do doleiro

O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) subiu nesta segunda-feira (26/5) à tribuna do Senado para declarar que não tem envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, nem com o esquema de corrupção e lavagem do qual Youssef participava, desmontado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.



Collor também debochou das ilações de que os depósitos do doleiro tenham sido feitos de maneira a tentar não chamar a atenção das autoridades, por terem sido em valores abaixo de R$ 10 mil e em agências bancárias diversas, apesar de serem do mesmo dia.

;Ora, o simples fato de ter sido feito depósito em conta-corrente, com respectivo comprovante e registro no extrato bancário, já não configuraria o rastro alegado? Quem é que agiria subterrânea e ilegalmente, ou. seja, por má-fé, desta forma? Não há sentido;, alegou.

Sobre os dois principais nomes da Operação Lava Jato, Youssef e Paulo Roberto Costa, Collor negou que os conheça nem que tenha relacionamento pessoal ou político com algum deles, mas admitiu amizade com Pedro Leoni, uma das pessoas presas, acusadas de receber dinheiro do esquema desmontado.

;Quanto ao senhor Pedro Paulo Leoni Ramos, conheço-o. Foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos quando exerci a Presidência da República. Mantenho com ele e a família, há mais de 30 anos, relação de amizade e respeito;, disse.