Paulo de Tarso Lyra
postado em 02/06/2014 06:01
O relator da CPMI da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), apresenta hoje o cronograma de trabalho da comissão da semana que deve ser, pelos planos da base governista, a única de trabalho ao longo das próximas quatro. Até a próxima sexta-feira, o Senado funcionará em ritmo de esforço concentrado para tentar votar o maior número de projetos possíveis. A partir do dia 9, as atenções dos parlamentares estarão voltadas para a Copa do Mundo, as convenções partidárias e as eleições.
A oposição tenta aprovar um cronograma mínimo de trabalho para evitar a paralisia dos trabalhos durante o recesso. ;Teremos um esforço concentrado do Senado. Por que não adotar o mesmo ritmo de trabalho na CPI?;, defendeu o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN). Mas a tarefa não será tão fácil. Metade da comissão é composta por deputados, que serão obrigados a renovar os mandatos ou a buscar outros cargos eletivos em outubro. O problema afeta, de uma maneira ou de outra, a própria cúpula da CPI. O relator quer reeleger-se para mais quatro anos na Câmara. O vice-presidente, senador Gim Argello (PTB-DF), também precisa fazer campanha, já que seu mandato encerra-se nesta legislatura. E o presidente, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), está empenhado na eleição do irmão, Veneziano Vital do Rêgo, ao governo da Paraíba.
[SAIBAMAIS]Maia desconversa e acha possível que as sessões da CPMI ocorram mesmo durante os jogos da Copa do Mundo. ;Eu mesmo já fui relator da CPI do caos aéreo durante o recesso parlamentar e não interrompemos os trabalhos. Mas eu me recuso a realizar oitivas nos dias de jogos do Brasil;, admitiu. A seleção brasileira estreará em 12 de junho, em São Paulo, contra a Croácia. Na terça-feira, dia 10, o PMDB, de Vital do Rêgo, realizará a convenção nacional em Brasília para ratificar a aliança nacional com a presidente Dilma Rousseff. No sábado, 14, é a vez de o PSDB lançar a candidatura presidencial de Aécio Neves, tarefa que deve mobilizar o tucanato ao longo de toda a semana.
Outra tarefa que caberá, principalmente à oposição, é descobrir o que fazer com a CPI da Petrobras no Senado, que já ouviu a presidente da estatal, Maria das Graças Foster; o antecessor José Sérgio Gabrielli; além dos ex-diretores da área internacional da empresa Nestor Cerveró e Jorge Zelada. ;Essa CPI vai morrer naturalmente, não há qualquer chance de ela continuar viável;, afirmou Agripino.
A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique