postado em 05/06/2014 06:03
Depois de apresentarem 20 propostas de combate à criminalidade no Congresso Nacional, os secretários de Segurança Pública do Sudeste receberam dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a promessa de que as questões serão debatidas no parlamento. O pacote antiviolência inclui aumento de pena para determinados crimes, como furto com uso de explosivo; eleva de 3 para 8 anos o tempo máximo de internação de jovens infratores; prevê como regra a videoconferência para interrogatório de réus presos, entre outras alterações.
Para José Mariano Beltrame, secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, caso as mudanças não sejam feitas, a polícia continuará ;enxugando gelo;. Questionado sobre a contrariedade já mostrada pelo governo em aumentar penas como forma de combater a criminalidade, especialmente com um sistema prisional e socioeducativo falidos, o secretário foi enfático. ;Enquanto o Estado não arruma o sistema, deixaremos os indivíduos na rua? Se sim, tudo bem. Mas a sociedade precisa saber que fez essa opção, que não é a polícia ou o delegado que não prende;, diz. ;Em delegacias, 80% das pessoas não são presas, porque é facultado a elas sair.;
Secretário de Defesa Social de Minas Gerais, Rômulo Ferraz afirmou que, nos últimos anos, a despeito do aumento de produtividade das polícias, a criminalidade aumenta. ;Há um notório processo de impunidade;, afirmou. Ele é contra a ;pura redução da maioridade penal;, mas alertou que a proposta apresentada pelo grupo flexibiliza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) somente em casos de atos infracionais equivalentes a crimes hediondos. Ferraz defendeu ainda a obrigatoriedade de a Anatel bloquear definitivamente aparelhos de telefone móvel furtados ou roubados, caso a vítima concorde. ;Hoje, 36% dos roubos no estado são de celular.;
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