postado em 10/06/2014 11:24
Ao abrir seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades na Petrobras, o ex-diretor de abastecimento da empresa Paulo Roberto da Costa criticou a imprensa, que, segundo ele, publicou fatos irreais, sem lhe conceder o direito de defesa nos 59 dias em que esteve preso. "Fiquei esse tempo recluso e muita coisa foi dita de forma antiética. Repudio com veemência a acusação de que a Petrobras é dominada por organização criminosa. A Petrobras não é nada disso que está se falando. É uma empresa séria e competente", afirmou.[SAIBAMAIS]Paulo Roberto destacou os danos que lhe causaram "as informações sem fundamento" veiculadas pela mídia. "A imprensa publicou dados sem fundamento. Isso pôs uma pedra em cima da minha carreira. Virei diretor depois de 27 anos de casa. Não caí de para-quedas. Conseguiram neste tempo colocar minha figura e a da minha família numa posição delicada. Trinta e cinco anos não se jogam na lata do lixo como jogaram. Fui diretor da Petrobras durante oito anos. Ninguém fica oito anos como diretor de uma empresa como a Petrobras se não agir com competência e com ética. Tenho família e nome a zelar", ressaltou.
O ex-diretor da estatal foi preso em março pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato, que investigou esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Em sua exposição inicial, Paulo Roberto Costa não se manifestou sobre seu suposto envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, também preso pela PF.