Politica

Dilma confirma a troca de César Borges por Paulo Passos nos Transportes

A substituição garante a legenda na coligação à reeleição da petista e rende mais um minuto no horário eleitoral

Paulo de Tarso Lyra
postado em 26/06/2014 06:18
Para parte do PR, gestão de César Borges era pouco afinada com a legenda
O medo de ver mais um partido migrar com o seu tempo de televisão para a campanha do principal adversário, o tucano Aécio Neves, levou a presidente Dilma Rousseff a promover uma minirreforma ministerial. A dança das cadeiras tirou o ministro dos Transportes, César Borges, para dar lugar ao presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Paulo Sérgio Passos ; que já passou pela pasta outras vezes. Borges, entretanto, continua no governo, na chefia da Secretaria dos Portos, com status de ministro. Antonio Henrique Pinheiro Silveira, que chefiava o órgão, deve assumir a secretaria executiva. O acordo inclui ainda a retirada do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Jorge Fraxe. Com isso, o partido passa a ter o mesmo controle que tinha sob a pasta em 2011.


[SAIBAMAIS]A manobra foi necessária para agradar ao PR e manter Borges no primeiro escalão. Donos de um minuto e dois segundos de televisão, os correligionários do agora ex-ministro reclamam desde o início do ano da gestão dele à frente da pasta. Dizem que o ex-senador fecha obras sem avisar e não libera emendas. Assim, condicionaram a presença no palanque de Dilma à substituição no ministério. A presidente, por outro lado, resistiu por considerar que o ministro se saiu bem na condução do processo de concessão das rodovias ; uma das principais vitrines do governo.

A demissão de Borges foi acelerada na noite de terça, após uma reunião da coordenação de campanha com a petista. No encontro, foi discuta a audiência que representantes do PR tinham tido pela manhã com o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, em que eles disseram mais uma vez que Borges não os representava. A ala rebelde do PR argumenta que o ministro fazia parte da cota pessoal da presidente e aceitou de volta o ex-ministro Paulo Passos, que tinha sido demitido do cargo pelo mesmo motivo: não atender as demandas do partido.

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