Paulo de Tarso Lyra
postado em 28/06/2014 06:00
O relacionamento entre Eduardo Campos e Marina Silva, saudado no fim do ano passado como o acontecimento político do ano, chega ao altar hoje, em Brasília, com uma série de rusgas na base, necessidades de reafirmação constante dos votos de amor e questionamento sobre a viabilidade eleitoral da aliança na disputa presidencial de outubro. Às vésperas da convenção nacional do PSB, integrantes da Rede ratificam a parceria, mas lembram que, tão logo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conceda o registro da nova legenda, os marineiros mudam-se de mala e cuia para o partido recém-criado.
Com a intenção de gerar ciúmes, houve o cuidado para que a imagem de ambos tivesse o mesmo tamanho na convenção, para não dar ar de superioridade. ;É natural que seja assim, são duas personalidades políticas que se uniram em um mesmo projeto, sem ideia de subordinação;, explicou um estrategista. Mas o discurso de afinidade não impediu que o dia de ontem fosse reservado às explicações e aos ajustes políticos. ;Não há nenhum problema entre nós. As notas foram necessárias para que todos entendessem que não é um partido único, são dois unidos. O PSB abrigou uma instituição partidária, não indivíduos avulsos;, explicou o deputado Walter Feldmann (PSB-SP) que, por causa das divergências na formação de palanques regionais, deixará a vida pública e voltará a se dedicar à medicina.
Integrantes do comando do PSB afirmam que, entre Marina e Eduardo, a afinidade é completa. A sintonia repete-se entre Carlos Siqueira, Pedro Ivo e Basileu (responsáveis pela articulação política) e entre Maurício Rands e Neca Setúbal (responsáveis pela elaboração do programa de governo). O problema está na base dos partidos nos estados. ;A Rede ainda funciona nos moldes do antigo PT. Precisa soltar documentos para reafirmar posições;, disse um integrante da cúpula da campanha.
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