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PF vai investigar advogado de Genoino após pedido de Joaquim Barbosa

No dia 11 de junho, durante uma sessão da Corte, Joaquim Barbosa mandou seguranças da Corte retirarem o advogado do plenário

postado em 01/07/2014 18:59
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o advogado do ex-deputado José Genoino, Luiz Fernando Pacheco. A investigação atende à Procuradoria da República no Distrito Federal e foi motivada por pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que acusou Pacheco dos crimes de desacato calúnia, difamação e injúria.

No dia 11 de junho, durante uma sessão da Corte, Joaquim Barbosa mandou seguranças da Corte retirarem o advogado do plenário. Barbosa deu a ordem após Pacheco subir à tribuna para pedir que o presidente liberasse para julgamento o recurso no qual Genoino pedia para voltar a cumprir prisão domiciliar.

Segundo Pacheco, a abertura da investigação ajudará a esclarecer os fatos. ;Achei bom. O inquérito é um instrumento para provar que apenas e tão somente clamei pelos direitos de meu constituinte [Genoino], sem cometer crime algum;, afirmou.

Na ocasião, ao subir à tribuna e interromper um julgamento para cobrar de Barbosa a liberação do recurso, Pacheco foi questionado pelo presidente: ;Vossa Excelência vai pautar [a Corte]?;. O advogado respondeu: ;Eu não venho pautar. Venho rogar a Vossa Excelência que coloque em pauta, porque há parecer do procurador-geral da República [Rodrigo Janot] favorável à prisão domiciliar deste réu, deste sentenciado. Vossa Excelência, ministro Joaquim Barbosa, deve honrar esta Casa e trazer aos seus pares o exame da matéria;, respondeu Pacheco.


Após dizer duas vezes: ;eu agradeço a vossa excelência;, na tentativa de cortar a palavra de Pacheco, Barbosa determinou a retirada do advogado do plenário. ;Eu vou pedir à segurança para tirar este homem;, disse Barbosa.

Ao ser abordado pelos seguranças, o advogado protestou: ;Isso é abuso de autoridade!”, gritou. Joaquim Barbosa ainda retrucou: ;Quem está abusando de autoridade é Vossa Excelência. A República não pertence a Vossa Excelência, nem à sua grei (grupo). Saiba disso.;

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