Morreu, aos 83 anos, nesta terça-feira (8/7) o ex-deputado Plínio Sampaio. Ele foi candidato pelo Partido Socialismo e Liberdade na eleição presidencial de 2010. O político estava internado em um hospital Sírio Libanês, no qual tratava um câncer nos ossos recém-descoberto. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos em decorrência de uma pneumonia.
O presidente nacional do PSOL Luiz Araújo lamenta a morte do companheiro de partido e diz ser uma grande perda para o povo brasileiro. "O Brasil perde uma das figuras mais emblemáticas da política. O partido tem muito orgulho de tê-lo tido em nosso meio. Ela obviamente vai fazer muita falta. O exemplo de vida e coerência dele vai alimentar bastante a postura da nossa candidata à presidência Luciana Genro e de todo o partido nesta campanha", afirma.
O deputado Ivan Valente (PSOL) disse ao Correio ter estranhado a a notícia sobre a morte do colega. "Hoje mesmo vi um informe do Plínio Filho sobre a melhora do estado de saúde. Estava estacionário e havia saído da UTI. Há dez dias havia visitado ele no hospital", fala ainda abalado com o falecimento.
Plínio de Arruda Sampaio nasceu em São Paulo, no dia 26 de julho de 1930. Ele se formou em direito pela Universidade de São Paulo (USP) e mestrado em Desenvolvimento Econômico Internacional pela Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. O paulistano atuou como promotor e deputado federal.
Plínio foi exilado no Chile, quando trabalhou na FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), onde trabalhou como diretor do organismo por 10 anos. Ele também foi professor da Fundação Getúlio Vargas, e fundou o Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec).
Sampaio também foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), e presidiu a Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA). Em 2010 foi candidato à Presidência da República pelo PSOL, (Partido Socialismo e Liberdade). Durante a campanha ganhou destaque no uso das redes sociais, e por conta do seu desempenho em debates presidenciais.