Politica

Mesmo com o fim da Copa, debate sobre legado deve continuar nas eleições

Os oposicionistas defendem que deve ganhar corpo a discussão em torno de questões práticas que impactam a vida do brasileiro, a exemplo dos problemas de mobilidade urbana

postado em 13/07/2014 08:00

Dilma com Blatter, da Fifa, e Marin, da CBF: presidente ontem fez 10 postagens em pouco mais de 30 minutos

Com o fim da Copa do Mundo e faltando pouco mais de 80 dias para o primeiro turno das eleições presidenciais, oposição e governo avaliam que o debate sobre a reformulação do futebol brasileiro após a traumática derrota para a Alemanha vai se esfarelar aos poucos. Os oposicionistas defendem que deve ganhar corpo a discussão em torno de questões práticas que impactam a vida do brasileiro, a exemplo dos problemas de mobilidade urbana, que não foram resolvidos com o Mundial. Nos bastidores, a avaliação governista é de que ;o assunto futebol;, no momento, favorece a presidente Dilma Rousseff porque, à medida que se tenta responsabilizar o governo pelo péssimo resultado dentro de campo, cola em seus adversários a imagem de oportunismo eleitoral. Na manhã de ontem, em pouco mais de 30 minutos, a presidente fez 10 postagens sobre o tema na sua conta oficial em um microblog.


O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassay (BA), declarou que uma ampla reforma no futebol brasileiro é importante, mas o tema deve se diluir ao longo da campanha. ;Claro que o futebol é importante, mas o que devemos debater é o legado. Aquilo que foi prometido pelo governo e não foi consagrado. Acaba a Copa e o brasileiro continua com os mesmo problemas;, afirmou. Para ele, não há como fugir desse debate. ;É só compararmos com outros países que tiveram eventos desse nível. O Brasil deixou muito a desejar. Do ponto de vista da imagem do país, das belezas, do caráter da nossa gente, a Copa foi fantástica. Do ponto de vista do legado, de aproveitar o Mundial para construções duradouras, foi um fracasso total;, avaliou.


O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), procurou minimizar o peso da palavra ;intervenção;, utilizada pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que defendeu, a partir da mão do governo federal, modificação na estrutura do futebol brasileiro. O petista informou que o tema não vai dominar o centro da campanha eleitoral. ;É possível que algumas preocupações que existem há algum tempo comecem a ser resolvidas. Mas esse tema não ocupará o centro da campanha. O debate é movido por este momento que vivemos. É bastante natural;, declarou.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação