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Empresários do Brics vão sugerir troca direta de moeda entre o bloco

Criação de um banco para o bloco irá acelerar o comércio, negócios e investimentos entre os países do Brics, afirmam os empresários

postado em 14/07/2014 17:34
6ª Reunião de Cúpula do Brics
Os empresários dos países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) vão apresentar nesta terça-feira (15/7), na reunião de chefes de Estado do grupo, um documento com sugestões para aprimorar a economia do bloco.

Uma das propostas é permitir a troca direta de moedas entre os países, para facilitar e baratear os custos de transação. Segundo o presidente da sessão brasileira do Conselho Empresarial do Brics, Rubens De La Rosa, a transação deverá ser feita no âmbito do Banco de Desenvolvimento do Brics, que deve ter sua criação formalizada na reunião de amanhã.

;Isso vai permitir que, se eu tiver que fazer uma remessa à Índia, eu não tenha que converter [o valor] em dólares e depois em rupias, gerando custos de transação. Assim, teremos pequenas baixas que diminuirão o custo financeiro de operação. É uma medida simples e possível de ser feita no ambiente do banco;, explicou Rosa.



[SAIBAMAIS]Para os empresários, a criação de um banco para o bloco irá acelerar o comércio, negócios e investimentos entre os países do Brics.

Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, o banco será importante para todas as empresas dos cinco países, principalmente por permitir que investimentos entre eles tenham mecanismos de financiamento internacional com garantias dadas pelas matrizes das empresas. ;É muito difícil para uma empresa fazer investimento lá fora simplesmente com seus próprios recursos. Então, esse mecanismo será fundamental para aumentar o número de empresas brasileiras com investimentos no exterior;, afirmou Andrade.

Os empresários vão sugerir também medidas para facilitar a emissão de vistos de negócios e a redução das barreiras não tarifárias, como restrições técnicas e fitossanitárias. ;Hoje, as empresas brasileiras estão sujeitas a regras de agências reguladoras e, muitas vezes, os produtos importados não atendem às mesmas especificações, nem estão sujeitos às mesmas regras. O que queremos é que a empresa brasileira compita no mesmo ambiente, que os produtos importados tenham que atender às mesmas especificações dos produtos brasileiros;, ressaltou o presidente da CNI.

Na tarde de hoje, mais de 700 empresários dos países do bloco participaram do encontro organizado pela CNI, realizado paralelamente à 6; Cúpula do Brics. Durante o evento, o Conselho Empresarial do Brics vai debater as expectativas econômicas e de integração do bloco. Para a noite de hoje, está prevista uma rodada de negócios, que deve reunir representantes de mais de 600 empresas dos cinco países e movimentar US$ 3,9 bilhões.

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