postado em 22/07/2014 21:03
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) ouviu nesta terça-feira (22/7) o depoimento do coronel reformado Roberto Amorim Gonçalves falou sobre sua participação na Operação Sucuri, que infiltrou militares na área ocupada pela Guerrilha do Araguaia. Gonçalves foi o quinto dos 16 depoentes que a comissão pretende ouvir esta semana sobre violações de direitos humanos no período da ditadura militar.
Após o depoimento, o ex-ministro da Justiça, José Carlos Dias, integrante da CNV, classificou como ;um pouco arrogante; a postura de Gonçalves, que ;parece manter a mentalidade dos anos de chumbo;. Segundo Dias, ao ser perguntado se a população na região do Araguaia não gostava da presença de militares, Gonçalves respondeu: ;Por que alguém vai ter alguma coisa contra um militar nesse país?;.
Segundo Dias, o depoente se recusou a utilizar a palavra ;guerrilheiros;, a quem chamou apenas de ;terroristas; durante a oitiva. O coronel disse que moradores relatavam casos de ;justiçamento;, assassinatos de moradores, por parte desses ;terroristas;, mas não soube dizer nenhum nome ou especificar nenhum caso.
Gonçalves confirmou que agentes militares foram infiltrados na região, se passando por posseiros, e que recebia informações de alguns desses informantes sobre as atividades no local. Além de atuar durante a Guerrilha do Araguaia, ele também trabalhou no Destacamento de Operações de Informações ; Centro de Defesa Interna (DOI-Codi) em Brasília, com o codinome ;Fabrício;, mas negou ter participado de qualquer violação a direitos humanos.
Amanhã (23) serão ouvidas mais três pessoas. Uma delas é Cláudio Guerra, investigador da Polícia Civil do Espírito Santo, ligado ao Esquadrão da Morte, e que atuou em operações com agentes da repressão no Rio de Janeiro. Antes, às 9h, membros da CNV vão se encontrar com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), Ideli Salvatti. A pauta do encontro deve ser a análise dos restos mortais do ex-presidente João Goulart.
Na próxima semana, serão ouvidos 26 depoentes no Rio de Janeiro. Além dos 25 já previstos, a CNV pretende ouvir o general José Antônio Nogueira Belham. O depoimento dele estava marcado para esta semana, em Brasília, mas foi transferido para o Rio de Janeiro.
Após o depoimento, o ex-ministro da Justiça, José Carlos Dias, integrante da CNV, classificou como ;um pouco arrogante; a postura de Gonçalves, que ;parece manter a mentalidade dos anos de chumbo;. Segundo Dias, ao ser perguntado se a população na região do Araguaia não gostava da presença de militares, Gonçalves respondeu: ;Por que alguém vai ter alguma coisa contra um militar nesse país?;.
Segundo Dias, o depoente se recusou a utilizar a palavra ;guerrilheiros;, a quem chamou apenas de ;terroristas; durante a oitiva. O coronel disse que moradores relatavam casos de ;justiçamento;, assassinatos de moradores, por parte desses ;terroristas;, mas não soube dizer nenhum nome ou especificar nenhum caso.
Gonçalves confirmou que agentes militares foram infiltrados na região, se passando por posseiros, e que recebia informações de alguns desses informantes sobre as atividades no local. Além de atuar durante a Guerrilha do Araguaia, ele também trabalhou no Destacamento de Operações de Informações ; Centro de Defesa Interna (DOI-Codi) em Brasília, com o codinome ;Fabrício;, mas negou ter participado de qualquer violação a direitos humanos.
Amanhã (23) serão ouvidas mais três pessoas. Uma delas é Cláudio Guerra, investigador da Polícia Civil do Espírito Santo, ligado ao Esquadrão da Morte, e que atuou em operações com agentes da repressão no Rio de Janeiro. Antes, às 9h, membros da CNV vão se encontrar com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), Ideli Salvatti. A pauta do encontro deve ser a análise dos restos mortais do ex-presidente João Goulart.
Na próxima semana, serão ouvidos 26 depoentes no Rio de Janeiro. Além dos 25 já previstos, a CNV pretende ouvir o general José Antônio Nogueira Belham. O depoimento dele estava marcado para esta semana, em Brasília, mas foi transferido para o Rio de Janeiro.